A Igreja e a contribuição financeira
Textos: Mal.3:8-11; II. Co. 9:6-10
Introdução: Ninguém é dono daquilo que possui. Tudo aquilo que temos foi recebido de DEUS (Sl.24:1) somos apenas despenseiros dEle, sendo então despenseiros ou administradores bons ou maus; isto é, fiéis ou infiéis. Um dia DEUS pedirá conta de nossa administração e esse dia se aproxima!
“...Requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.” É o que diz-nos a revelação Divina. Isto nos ensina que nós como servos de DEUS, somos responsáveis perante Ele pela nossa vida e pelos nossos bens e isto inclui nossas finanças. DEUS deixou isso bem claro a partir do Pentateuco como vemos em Deuteronômio. 8:4-18.
1ª Parte:
I-A Motivação para a Contribuição.
1-A Consagração pessoal (II.Co.8:1,5). Já vimos que o ponto de partida para o crente ser fiel nesta parte de Dízimos e Ofertas para DEUS é primeiramente dar-se totalmente ao Senhor.
2- A Graça Divina Para Dar (II.Co.8:6). A contribuição financeira para DEUS aqui é chamada de Graça. Uma Graça Divina recebida para isso.
3- O Exemplo de Jesus (II.Co.8:9). “Sendo Rico por Amor de Vós se Fez Pobre.” Aqui pensamos no seu trono de Gloria com o Pai, mas também na manjedoura, no monte da tentação, cansado junto à Fonte de Jacó, pedindo água à Samaritana, traído por Judas, preso por soldados, julgado pelo sinédrio, enfrentando a vergonha da Cruz, e morrendo desamparado. Ele se fez pobre por nós! A manjedoura foi Le cedida, o jumentinho não era seu, nem também o tumulo em que Ele foi sepultado. Eis o exemplo de Cristo quanto a dar! Esta é uma profunda motivação para nós.
4- A opinião de Jesus sobre nós (Mc. 12:41). Aqui há um fato que deve prender a nossa atenção sobre os motivos que levam uma pessoa a contribuir. Jesus “observava a maneira como a multidão lançava dinheiro na arca do tesouro”. Ele estava “vendo” os motivos interiores de cada um.
5- A experiência dos discípulos (At.2:44,45; 4:34). Aqui está grande motivação para darmos a DEUS do que Ele nos tem dado. Eles tinham visto a maneira como Jesus dava de si, socorrendo a todos que o buscavam.
6- Reflexões motivantes à contribuição. Duas coisas mínimas DEUS requer dos homens: 1/7 do seu tempo para seu descanso e ao mesmo adorar ao Senhor na sua casa. Entre os judeus esse dia era o Sábado. Para nós cristãos esse dia é o sábado – o dia do Senhor, por que nele o Senhor ressuscitou. A outra coisa mínima que DEUS requer do Homem é 1/10 da sua renda.
II- Os aspectos da Contribuição
1-A liberalidade da contribuição (II.Co.8:2-5). Dar é fruto da nossa nova natureza; a natureza divina em nós. A velha natureza é egoísta e quando dá é por sentimento, ou quando forçada, e não porque seja parta dela. Dar na nova natureza é Graça, ou seja, é uma disposição interior para dar e abençoar, comunicada pelo Espírito Santo.
2- A regularidade da Contribuição (I.Co.16:1). A verdadeira contribuição para com a obra de DEUS é sistemática, e não sentimental. Se o crente só ofertasse a DEUS quando tivesse um sentimento forte a obra de DEUS diminuiria ao invés de crescer.
3- A Proporcionalidade da Contribuição (II.Co.8:3) “...segundo o seu poder “...conforme a sua prosperidade..” (I.Co.16:2)
4- A Finalidade da Contribuição (Ml.3:10) “...para que haja mantimento na minha casa...” “... Jesus disse: “...digno é o obreiro do seu salário...” (Lc.10:7)
2ª A Modalidade da Contribuição
I-O Dízimo
Dízimo é a décima parta de nossos rendimentos que devem ser dedicado a DEUS. a doutrina do Dízimo é Bíblica. O Dízimo existiu antes, durante e depois da Lei. Certamente o Senhor Jesus era dízimista, foi educado em um lar judeu de pessoas piedosas; e todo judeu piedoso era dízimista. Se cremos que o Senhor tem domínio sobre todo o universo, obrigatoriamente temos que admitir como ponto pacifico, a pratica de ofertar e devolver o Dízimo como forma de homenagem, agradecer e reconhecer a DEUS que é a fonte de nossa existência e o DEUS de nossa providência. Dt.8:18 diz: “... Antes te lembrarás dos Senhor teu DEUS, que ele ´q o que te dar força (saúde) para adquirires poder (riquezas)...”
1-A Consagração do Dízimo à luz do Antigo Testamento
a) Antes da lei (Gn.14:20;Hb.7:2,4,6). Abraão entregou o dízimo a Melquisedeuqe, o qual representa o sacerdocio eterno de Cristo. Abraão era o protótipo do crente, o nosso pai na fé.
b) Jacó deu seu dízimo (Gn.28:20-22)
c) No tempo da lei. DEUS orientou Moises a instituir oficialmente o dever de cada judeu entregar o dízimo das terras, dos cereais, dos frutos, das arvores e dos rebanhos.
Ø O dízimo pertence a DEUS (Lv.27:30-32)
Ø O dízimo é algo sagrado (Lv.27:30)
d) Nos livros históricos também tem grande e importantes lições sobre o dízimo (II.Cr.29:30; 31:2,5,6,12; Ne.10:37,38; 12:44; 13:5-12)
e) Quando o povo de Israel precisava de restauração espiritual, DEUS enviou Malaquias para pregar restauração e esta inclui e exige restituição material (Ml.3:8-10)
Lições do texto de Malaquias.3:8-10
Ø Quando entregamos o dízimo DEUS abençoa. E quando retemos, DEUS amaldiçoa.
Ø Sonegar os dízimos e as ofertas, é um ato de injustiça
Ø DEUS ordena que os dízimos sejam trazidos à Casa do tesouro
Ø DEUS abençoa dos dizimistas fieis.
2-A consagração do dízimo à luz do novo Testamento
O Novo Testamento fala não somente do dízimo, mas também de ofertas e, alem disto, fala da nossa consagração total a DEUS, afirmando que somo mordomos de DEUS e Ele é dono de todas as coisas. Jesus disse que nossa justiça deve exceder à dos escribas e fariseus (Mc.5:20) e ainda elogiou a viúva que deu tudo que tinha (Mc.12:1-4)
a) Jesus ensinou a pratica do dízimo (Mt.23:23;Mc.12:17; Lc.18:9-14)
Jesus nestes textos não condenou a pratica do dízimo como muitos objetam. Ele está severamente condenando a atitude dos fariseus quer entregavam o dizimo apenas por serem legalistas, mas não davam de coração, com fé e amor. Quando Jesus diz: “...deveis porem, fazer estas coisas, sem omitir aquelas...”. Ele está validando o dízimo como sendo algo que deve ser praticado normalmente pela fé. Jesus diz que a fé, a misericórdia e o juízo deveriam ser praticados assim como se entrega o dízimo. Isto é, devemos dar o dízimo com a motivação correta. Jesus ainda disse que os impostos devem ser dados a Cesár (o governo) e a DEUS deve ser dado o que lhe pertence. Porventura não está aí incluído o dízimo, que é de DEUS? (Ml.3:8-10)
b) É um privilegio para o Cristão contribuir na obra de DEUS, pois está:
ü Imitando a DEUS (Jo.3:16;Ef.5:1)
ü Imitando a JESUS (II.Co.8:9)
ü Cooperando com a Igreja (At.4:34;Gl.6:6)
c) O Dizimo deve ser dado regurlamente (I.Co.16:2)
d) A entrega do dízimo é algo sagrado e privilegio de todos os cristãos (I.Co.16:2)
e) O Dízimo e as contribuições devem ser proporcionais aos rendimentos (I.Co.16:2)
f) O Dízimo deve ser dado da renda bruta e não apenas do que sobra depois de termos gasto a parte principal (Gn.14:20;Dt.14:22; Hb.7:2; Pv.3:9-12)
g) As entregas dos dízimos alem de ser uma pratica de obediência à Palavra de DEUS, é um ato de Fé (II.Co.5:7)
h) Quando um Cristão contribui com fidelidade, está obtendo vitoria sobre a avareza (Ef.5:5;Cl.3:5), sobre o materialismo e sobre o egoísmo (Gl.6:10; I.Co.9:12-14).
i) Devemos dar o Dízimo e ofertas devem ser voluntariamente (II.Co.8:3)
j) Só seremos dízimistas fieis se entregarmos em primeiro lugar, tudo o que somo ao Senhor (II.Co.8:5)
Não somo constrangidos a pela lei, mas pela Graça de DEUS. Se o fariseu obrigado pela lei, entregava 10%, por que nós, como crentes em Cristo Jesus, vamos entregar um percentual inferior? Nossa justiça deve exceder à dos escribas e fariseus. Todo deve contribuir conforme suas posses com alegria.
“...POIS DEUS AMA O QUE DÁ COM ALEGRIA...”
II- As ofertas (I.Co.16:1). “coleta” reúne todo tipo de contribuição para a casa do Senhor. São chamadas de ofertas porque não se trata de percentual fixo. O nome também lembra as múltiplas ofertas oferecidas ao Senhor no Antigo Testamento para reparação espiritual
III- Os Efeitos da Contribuição
§ A benção Divina da abastança (II.Co.9:10-13; Ml.3:10). Aí se nos diz que a contribuição é uma forma de semeadura que trará infalivelmente sua colheita. Ora toda colheita é proporcional à sementeira feita. No caso da sementeira da contribuição, a colheita tanto é material como espiritual (ver.Dt.15:10; Pv.11:25)
§ Serviço para DEUS (II.Co.8:4). Aqui a Bíblia chama o ato de contribuir de “Serviço”. Cada vez que o crente dá seus dízimos e suas ofertas está servindo ao Senhor e à sua Igreja.
Diácono Antonio Júnior
Assembleia de DEUS em Lago da Pedra-MA
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